terça-feira, 6 de setembro de 2016

JOSE TOMÉ

(Troféu das Abarcas)

Olá

Muito obrigada pela vossa atenção, pelo facto de se terem lembrado de falar sobre o meu pai.

Nos tempos áureos foi realmente um grande lutador de abarcas.

No seu café era sempre bem tratado e respeitado, aliás, era dessa forma que o meu pai recebia sempre os clientes e amigos.

Obrigada Joaquim Aleixo e José Joaquim Rodrigues por se terem lembrado de fazer um post do Zé Tomé.

Podem vê-lo no blogue:
http://momentoscom-ana.blogspot.pt/

Agradeço muito,

Ana Paula Barão

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

AS ABARCAS


(António Tomé, (José Luís!?..), Silvério, José Borges, José Manuel Ameixeira e José Tomé (em cima camisa xadrez) e outros que não conseguimos identificar...)


… À memória chegam-nos imagens imemoriais de amigos Estoienses, que o passar dos anos não apaga de nossas memórias colectivas!

Chegam-nos da mais tradicional e consensual romaria dos “afectos”, da alegria, da amizade, do companheirismo, da igualdade entre pessoas e sexos, a Festa da Pinha, que em 2 de Maio de cada ano refulge imparável em Estoi.

Alguns, os seus detratores, os “Velhos do Restelo” da desgraça, do imobilismo, catalogam-na, hoje em dia, como a “Festa dos bêbados”(!), tão só e apenas porque uma minoria das centenas e centenas dos seus participantes, se escondem na bebida, procurando nesse dia, recalcar as suas feridas e frustrações de todo um ano mal vivido.
Jamais desistiremos de defender, escrupulosamente, os nobres princípios dos “almocreves” ou “romeiros”, que nesse dia exaltamos e trazemos à ribalta.

Estoi, a nossa aldeia, merece que assim seja e continue fiel à nobre tradição de receber e saber receber, quem nela se incorpora ou a visita.

A tradição das “abarcas”, assim como que uma réplica da luta greco-romana, em que dois homens debruçados sobre si, agarrando-se nos ombros e braços, lutavam, respeitosamente e com desportivismo, por deitar o parceiro ao chão.

Quem assim o fazia, era de imediato considerado vencedor e após breve descanso, iria lutar com outro parceiro, cioso de o destronar e assim por diante.

Era tradicional no dia 2 de Maio, na Festa da Pinha de Estoi, no recinto arenoso, ou terreiro do Ludo, logo após o almoço dos “almocreves”, uma grande roda de “abarquejadores” e mirones, ali se juntar, num abraço fraterno à procura da exaltação vitoriosa do maior valentão desse ano, quase sempre premiado com uma simbólica taça, ou medalha alusiva, pela Organização da Festa.

Corria por aí os anos de 1950 / 51, quando um dos mais carismáticos “abarquejadores” da Pinha surgiu em força. Seu nome, o inesquecível e felizmente ainda vivo e de boa saúde e memória, Zé Tomé. Sim, o tal do Café Ossónoba de Estoi, o do sorriso e riso inimitável, onde assistimos, altas horas da madrugada, à chegada do homem à Lua, acompanhados por incrédulos Estoienses, que jogando ao dominó ou ao “Embido”, riam com os “filmes que os americanos inventavam para deitar poeira para os nossos olhos”, não ligando patavina ao que a televisão, cheia de interferências e a preto e branco, esbugalhava os olhos meio sonolentos de alguns jovens estudantes estupefactos com tamanha façanha!

Esse mesmo Zé Tomé, que nos oferecia uma garrafa de litro de leite da Ucal, sempre que vindos da Alameda de Faro, cilindrávamos as demais Equipas de futebol de salão, onde fomos campeões distritais, representando as cores da nossa Casa do Povo, a mais antiga das 36 Casas do Povo do Algarve, (azul grenat e encarnado), a tal Equipa da “alfarroba” como éramos catalogados e com muito orgulho nosso, vencedores…

Pois por esse ano, o bom do Zé Tomé, que pela primeira vez foi à Pinha, acompanhado pelo seu irmão mais velho, António Tomé, na foto sobre os ombros de outro “almocreve” (José Luís!?..), bela estampa de homem, teria 20, 21 anos de idade, com camisa aos quadrados, vendo-se ainda o conhecido Silvério, (Contínuo no Clube Estoiense), o José Borges, seu filho, o José Manuel Ameixeira (foi guarda-redes em Estoi) e o António Tomé, entre outros folgazões. Como dizia, o António Tomé convidou o irmão, Zé Tomé, para abarquejar e, logo aí se viu as qualidades gímnicas do nosso Campeão, que, não demorou muito, deitou por terra o irmão mais velho e todos aqueles que o quiseram experimentar.

A partir desse ano, jamais o anonimato deixou de acompanhar o nosso “campeão das abarcas”, como muitas vezes que o vejo em Faro e com ele recordo episódios da nossa adolescência, revivendo tempos áureos que vivemos em Estoi, a aldeia que está nos nossos corações!.. A “nossa aldeia”.

Ofereceu-me, o amigo Zé Tomé, hoje rondando os 87 anos de idade, sempre acompanhado por sua linda e amada esposa, para recordarmos e revivermos tempos que já não voltam(!), esta foto aqui exposta, sabendo que irá ser divulgada na página ou “blog” “Aldeia de Estoi”, do comum amigo Zé Joaquim, correndo mundo, entrando nas casas de quem a visita, roubando, quiçá, uma furtiva e incontida lágrima de saudade, àqueles que, sendo de Estoi, dela estão fisicamente afastados, muito embora a tenham sempre, sempre no coração!

A todos os Estoienses e amantes da Festa da Pinha, o exemplo deste homem simples, sério e trabalhador, que muito deu a Estoi com a hospitalidade do seu e nosso Café Ossónoba, frequentado por ricos e pobres, novos ou seniores, com respeito, com postura, com verticalidade e com aquele riso contagiante, incontrolável e melódico, que nos enchia o espírito e a alma de satisfação. “O Rei das Abarcas”, que deitou por terra, centenas de pseudo-valentões que o procuravam, mesmo fora da Festa da Pinha e que também levaram o “tempero” devido. (Alguns até desconfiaram e quiseram tirar desforço do nosso Campeão, mas continuaram sempre com o mesmo “tempero”…)

Força Campeão!
Os verdadeiros “Almocreves” e Estoienses jamais te esquecerão
Porque não querem, não querem não
Bater com os costados, com força no chão…

Agosto de 2016
(J. Aleixo)

quarta-feira, 1 de junho de 2016

FESTA DA PINHA 2016



Poesia concorrente aos "Jogos Florais da Pinha - 2016", na modalidade de poesia alusiva a Estoi.

Em Estoi organizada
Festa que todos seduz,
Pelo povo dedicada
À Senhora do Pé da Cruz

Foi de meus pais e avós,
Agora ela é toda minha,
Mas também de cada voz,
Que grita, que “Viva a Pinha”!

Logo ao primeiro alvor,
O céu d´azul foi pintado
E o sol, irradiando vigor,
Mostrou assim seu agrado.

A aldeia acordou em festa,
Vibra alegre o aldeão!
Não tem manhã como esta,
Tão cheia de emoção!

Toda a gente em movimento,
Mostra um ar atarefado,
Correndo, contra o tempo,
P´ra tudo estar preparado

Em todos a mesma ideia,
Em cada ano que passa,
Que a festa-mor da aldeia
Decorra em paz e graça.

Tudo quer entrar na festa,
P´ra cumprir a tradição,
Promessa dos almocreves
Em prova de devoção.

Vão garbosos cavaleiros
E a malta dos tratores,
Levam fatos de romeiros,
Farnéis fartos e mil flores.

Com tudo bem enfeitado,
Gente vestida a rigor,
O cortejo organizado
Pede a bênção do Senhor!

Ao passar junto à Igreja,
Gritam velhos e meninos,
Bom dia! Que se almeja,
Até com toque dos sinos.

Estrada fora, lá vão!
Os romeiros de Estoi.
Uns bebem … outros não!
Depois se vê como foi.

Campos pintados de cor,
Plenos de flores silvestres.
Natureza! Esplendor!
Para traz tempos agrestes!

Chegados enfim ao Ludo,
Por sob as abas do arvoredo,
Mesas repletas de tudo,
Para repartir sem medo.

Deus Baco ´tá presente!
Ele comanda o manjar!
Mas a alegria latente,
É a de poder partilhar.

E é prazer escutá-los,
Tarde fora! ´té final.
Os relinchos dos cavalos,
Sons musicais no pinhal!

Soa a hora d´abalada,
Há que arrumar toda a tralha.
E que o Senhor nos valha!
Até à hora chegada …

A viagem vai ser longa,
Mas o cortejo já mexe.
Espera-os a som da banda,
Em Santa Barb´a de Nexe.

Coiro da Burra, enfim!
Hora d´acender archotes.
Que o povo, em frenesim,
Já chegou, veio em magotes.

E ao som da filarmónica,
Foguetes a ribombar,
A romaria, eufórica,
Parece o povo abraçar.

Gritando alto o Romeiro,
Dá vivas à Festa da Pinha!
Em resposta um eco inteiro.
O povo não se continha!

Gentes, cortejo passante,
Em completa sintonia.
Este segue confiante,
Cumpre a missão que o guia.

Agradecer à Senhora,
Milagre da Salvação,
Dos almocreves d´ outrora,
Em hora de aflição.

E em frente da ermida,
Lá no alto … uma fogueira,
É acesa e ganha vida,
Nova prece à Padroeira.

Senhora do Pé da Cruz,
Protege a nossa terra,
Cobre-a da tua luz,
Afasta o povo da guerra.

(José António G. Paula Brito)

domingo, 29 de maio de 2016

JOGOS FLORAIS 2016




Decorreu ontem à tarde, no salão da União de Freguesias Conceição e Estoi, em Estoi, a cerimónia da entrega de prémios dos "Jogos Florais", deste ano.

Oportunidade para apresentação de alguns autores presentes que leram os seus próprios trabalhos e muita animação com a apresentação do grupo teatral que veio da Fuzeta, dirigido pela professora Maria José Fraqueza que representou um extracto da peça da sua própria autoria "As Lavadeiras" .

Voltando aos Jogos Florais da Pinha de 2016, organizados pela Acestoi- Associação Cultural de Estoi, o Júri do concurso, composto pelas professoras Regina Jerónimo, Guiomar Paulo, professor Luis Isidoro e Conceição Morais, presidente da Acestoi, atribuiu a seguinte classificação:

Poesia Obrigada a Mote

COBARDE,  da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - 1º. prémio
APONTAMENTO, da autoria de José António Palma Rodrigues - 2º. prémio
AURORA BOREAL, da autoria de Maria Helena Ramos - 3º. prémio
DÁLIA, da autoria de Manuela Lopes Alves - menção honrosa


Poesia Livre

QUOTIDIANO, da autoria de José António Palma Rodrigues - 1º. prémio
MUDANÇAS, da autoria de José António Palma Rodrigues - 1º. prémio
A PAZ DO MEU VIVER, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - 3º. prémio
A RAZÃO DO MEU VIVER, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
O NOSSO MUNDO, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
O MALANDRECO DO VENTO, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
A VIDA, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
DESERTO MISTERIOSO, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
ESPERA, da autoria de José António Palma Rodrigues - Menção Honrosa
SE EU SOUBESSE, da autoria de José António Palma Rodrigues - Menção Honrosa
A FONTE, da autoria de Maria Helena Ramos - Menção Honrosa
SAUDADE, da autoria de Manuela Lopes Alves - Menção Honrosa

Poesia Alusiva a Estoi

ESTOI DE ENCANTOS E TRADIÇÕES, da autoria de António Isidoro Viegas Cavaco - 1º. prémio
QUANDO MAIO SE AVIZINHA, da autoria de José António Palma Rodrigues - 2º. prémio
JOIA DIVINA,  da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - 3º. prémio
RAINHA DA BEIRA SERRA, da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
FESTA DA PINHA 2016, da autoria de José Antonio Paula Brito - Menção Honrosa
ESTOI BELA ADORMECIDA, da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
MEU ESTOI DE BELEZA SINGULAR, da autoria de Antonio Isidoro Viegas Cavaco - Menção Honrosa
ESTOI, da autoria de Maria Helena Ramos - Menção Honrosa
FESTA DA PINHA ESTOI, da autoria de Manuela Lopes Alves - Menção Honrosa
ALDEIA DE ESTOI, da autoria de Manuela Lopes Alves - Menção Honrosa


terça-feira, 3 de maio de 2016

O REGRESSO




Eram precisamente 22,30 horas quando se ouviu o morteiro anunciando o inicio da ultima etapa desta grande romaria,  desde o Coirro da Burra, passando pelo cruzeiro do Pé da Cruz para finalmente terminar no picadeiro, onde pela manhã se tinha iniciado.

Na frente do cortejo, para além das autoridades policiais e segurança particular, o carro sonoro anunciava alegremente que os romeiros se aproximavam da sua aldeia.

A Banda Filarmónica de Paderne, marcava musicalmente o compasso e o entusiasmo de toda a assistência distribuída ao longo do percurso, enquanto o fogo de artificio que abundantemente se fazia ver e ouvir, sublinhava este momento festivo.

À aproximação da aldeia e da multidão que os aguardava os romeiros davam mostras da sua alegria, empunhando energicamente os incandescentes archotes enquanto gritavam vivas à Pinha!!!

Com entusiasmo fizeram todo este percurso, indo terminar cerca das 23,30 horas no picadeiro, onde para acabar a noite em festa, decorria o baile popular.

Terminamos com um forte aplauso para:
  • GNR e restantes seguranças que tudo fizeram para que a romaria decorre-se com a máxima segurança;
  • Banda da Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne, pelo sua excelente participação;
  • União de Freguesias Conceição e Estoi, pela boa organização
  • Ás colaborações de ACESTOI, Jograis Antonio Aleixo, Casa do Povo de Estoi, Confraria Equestre de Estoi e Moto Clube de Estoi-Ossonoba
  • A todos os que de forma anónima deram a sua colaboração nomeadamente com a cedência de flores para as necessárias decorações
  • A todos os participantes, pela dedicação e entrega a esta Festa, dando o seu melhor, o que contribuiu de forma decisiva para o seu êxito.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA




No dia 3 de Maio, pelas 19h, irá ser inaugurada a exposição de fotografia “Festa da Pinha”, de Laura Carlos e Pedro Barros, na Delegação de Estoi da União das Freguesias de Conceição e Estoi (Faro).
A exposição pretende valorizar a Festa da Pinha ilustrando alguns dos seus 'pontos altos' através de fotografias a cores e a preto e branco, registadas entre os anos de 2010 e 2015. Aqui podemos observar os pormenores, fruto da criatividade individual e coletiva que dão um aspeto único e peculiar a esta manifestação. Esta apresenta-se ainda com um cariz documental tendo como objetivo promover a salvaguarda e a valorização desta importante manifestação de Património Cultural Imaterial do Algarve.

A FESTA da PINHA, também denominada por Festa da Nossa Senhora do Pé da Cruz ou Festa dos Almocreves, é um património cultural imaterial de inegável valor sobretudo para a gentes da aldeia de Estoi que mantem viva a tradição d’A Pinha com fervor e orgulho. 

No dia 2 de Maio em Estoi (Faro) realiza-se a tradicional e popular romaria dedicada à 'Nossa Senhora do Pé da Cruz'. A celebração que se pensa ter uma origem multisecular, é em honra dos antepassados, os almocreves que faziam o percurso entre Algarve e Baixo-Alentejo para trocas comerciais, e no seu regresso agradeciam a jornada segura e o sucesso dos negócios efetuados.

Os preparativos para a Festa começam dias antes e no dia 1 de Maio “Ataca-se o Maio” e cumpre-se a tradição dos “Maios” acordando a aldeia toda aperaltada. A tarde é dedicada à preparação dos animais e ao enfeitar dos veículos para o cortejo do dia seguinte. 

A 2 de maio acontece a Festa, aquela que outrora era singela e reservada a homens, é actualmente uma romaria na qual participam centenas de pessoas trajadas a rigor, sem restrição de género ou idade. 

O percurso é feito a cavalo, em veículos de tração animal ou em tratores com atrelados, enfeitados com vegetação, flores e versos dedicados à “Pinha”.  
Logo pela manhã, após bênção do sacerdote, saem do picadeiro da aldeia rumo ao pinhal do Ludo, lugar onde realizam um piquenique de confraternização. As abarcas, os puxos de corda e baile fazem parte do convívio. 
Ao final da tarde regressam à aldeia onde chegam pelo cair da noite. 
À entrada, no Coiro da Burra, os romeiros prosseguem à luz dos archotes em mãos e de fogo-de-artifício, anunciando a sua chegada. A romaria transforma-se num desfile exuberante de alegria, luz e cores acompanhadas de Vivas à Pinha, Vivas aos Almocreves e Vivas à Nossa Senhora do Pé da Cruz. No final agradecem à sua padroeira que os espera na ermida enfeitada, com as portas abertas e com uma grande fogueira à entrada para a qual os romeiros atiram o molho das ervas aromáticas que trouxeram do Ludo. 

A Festa mais tradicional e característica da aldeia de Estoi termina com uma celebração religiosa, no dia 3, dia da Invenção da Santa Cruz, antes organizada com pompa e circunstância pela Confraria da Nª Sª ao Pé da Cruz em finais do séc. XIX.

A exposição conta com o apoio da União das Freguesias de Conceição e Estoi e da Direção Regional de Cultural do Algarve, podendo ser visitada até 30 de Setembro, na Delegação de Estoi da União das Freguesias (antigo edifício do mercado - Largo Ossónoba, 71), de Segunda a Sexta, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00.

Os Autores:
Coordenação, texto e fotografia:
Laura Carlos é licenciada em Design pela Universidade do Algarve, Mestre em Gestão Cultural pela Universidade do Algarve, com a dissertação intitulada "Manifestação Cultural – Alterações ao longo do tempo, Estudo de Caso – Festa da Pinha” (2011-2013).

Fotografia:
Pedro Barros exerce a profissão de arqueólogo na Direção Geral do Património Cultural. Desde 1996, além de ter ilustrado alguns artigos sobre Património Cultural, conta com algumas exposições individuais temáticas onde se destacam: "Algarve Doce" e "Cortiça" (organizadas pelo Museu do Traje de São Brás de Alportel).

Os autores, em 2014 no Largo da Liberdade em Estoi, já realizaram uma exposição sobre o tema intitulada “Festa da Pinha, uma manifestação de Património Cultural Imaterial”.

O GRANDE DIA





Tal como programado para hoje, a grande "romaria" começou a reunir-se às primeiras horas da manhã, no picadeiro.

Este ano com uma novidade em termos de prevenção e segurança, com os agentes da GNR em serviço no local a efectuarem o controle dos condutores de: -carros de besta, tractores e carrinhas, efectuando o "teste do álcool" e informando que o mesmo iria acontecer em Ludo, na hora do regresso.

Ás 9,30 horas, foi dada a Bênção aos Romeiros, pelo diácono Luis Galante, após o que lentamente foi iniciada a romaria, com os cavaleiros a posicionarem-se na frente, seguidos das carroças, tractores e carrinhas, pelo meio muitos  romeiros que irão fazer o percurso a pé.

Pouco passava das 10 horas da manhã e já todo o cortejo tinha saído da aldeia, encontrando-se neste momento muito próximo do Ludo, onde irão permanecer até ás 18 horas.

Que tudo decorra bem e conforme o previsto e um bom dia de festa para todos!

À noite, no regresso, cá os esperamos na aldeia de Estoi, para a habitual saudação.

 

sábado, 30 de abril de 2016

FESTA DA PINHA 2016



Tem inicio hoje, a partir das 15,00 horas, o programa da Festa da Pinha 2016. 

Os estoienses e não só, aguardam com alguma expectativa e ansiedade, o momento da partida para mais uma romaria que os levará desde da aldeia de Estoi, até ao pinhal do Ludo, na freguesia de Almancil e no final do dia os trará de volta à aldeia, após um dia de histórias divertidas ou não, mas que ficarão na memoria de todos.

Muito embora, no Ludo decorra uma parte importante da festa, o palco principal será como é tradicional na aldeia de Estoi, com a partida e sobretudo a chegada, a serem assistidas por uma enorme multidão que aguarda horas para o poder fazer e saudar os romeiros, com as "Vivas à Pinha"!!!

Cavalos, carroças, tractores, carrinhas, até a pé, muitos são os que nunca faltam a esta romaria, preparando com antecedência a sua participação, quer arranjando e enfeitando o seu transporte, quer confeccionando a merenda que gostosamente irão partilhar no pinhal de Ludo, com familiares, amigos e com outros romeiros que habitualmente circulam pelos grupos, para as "provas".

Pode-se dizer que agem e reagem como uma grande família que são, isto é: - Brincam, cantam, comem, bebem e às vezes até discordam mas  faz tudo parte da festa.

O que é preciso é que no fim acabe tudo bem!